terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Um simpático Pau no cu

Um querido amigo me pediu para comentar no fórum da comunidade do Jupem no Orkut. Então resolvi contar uma história do século passado e compartilhar com vocês.

Como alguns sabem, quando eu morava em Erechim, RS, fazia parte do Grupo Folclórico Polonês de Erechim, Jupem.

Certa vez, em julho de 2000, fomos para a Argentina, somente o elenco mirim, a Kapela (que não é um lugar de rezar, mas um grupo músico-vocal polonês), a diretoria e os monitores do mirim. No Encuentro Regional Infantil de Folklore em Rio Cuarto. Como éramos poucos 'adultos' na viagem, tinhamos muita responsabilidade. Agenda cheia, dia cansativo, crianças prá cuidar, é claro que a gente merecia um descanso. Como estávamos em casas de famílias, aliás muito legais, não era difícil sair sem dar mal exemplo para as crianças.

Íamos a cada noite em um lugar diferente e na última ou penúltima noite nossos hermanos nos convidaram para ir a um bar bem legal que vendia um barriloche supimpa. Prá quem não sabe, barriloche é um bebida local que vai abacaxi, vodka e otras cositas más em um baldinho de cinco litros. É claro que não deixamos de prestigiar a bebida local, afinal, cultura não tem fronteiras. O dono do bar, que era uma simpatia, nos servia chizitos para acompanhar.

Ao mesmo tempo em que prestigiávamos a cultura local, trocávamos informações super importantes sobre as peculiaridades - palavrões - dos idiomas com nossos hermanos. Depois de já um barriloche concluído, e os chizitos no fim, um dos hermanos resolveu chamar o dono do bar para reabastecer a mesa. Não me lembro bem, mas sei que foi um hermano porque alguém tinha acabado de dizer a ele um palavrão, mas não tinha dito o que significava. A figura se levantou e chamou o dono do bar que nos olhava sorridente do balcão:

- Pau no cu!

É eu sei que parece ofensivo, mas em todo o bar só nós, os brasileiros, entendemos e, já levados pela alegria que um barriloche proporciona, ríamos tanto que demorou até alguém se acalmar e conseguir explicar para a figura o que ele tinha dito. Ora prá que? Ele adorou a idéia e apelidou o dono do bar de Pau no cu.

Depois de sei lá quantos barriloches e chizitos, resolvemos prestigiar outro lugar cultural e pedimos a conta. Aí veio o simpático dono do bar, a quem todos abraçavam entusiasmados e chamavam por seu apelido carinhoso. Sorridente, ele quis saber o que significava seu apelido e mais que depressa, um certo rapaz, monitor exemplar do Jupem e solista do elenco adulto respondeu:

- Pau no cu quer dizer muy amigo!


Arco!

Encontrei uma receita típica desta iguaria, tipicamente em castellano


1* Agarrar un balde.

2* Tirale sidra.

3* 1/2 vaso de granadina.

4* Un vaso de licor de frutilla.

5* Vodka.

Y si sos choborra agregale lo q t guste! y LISTO!!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Greve e pós-greve

Bom, sim. Tive um momento de greve, gerada por uma crise existencial. O Universo Bizarro entrou em crise existencial. Sempre soube que queria trabalhar para me divertir, ou me divertir trabalhando ou ainda vice-versa. Por isso que levo esse blog a sério (na medida do possível) e tenho planos de profissionalizar o UniB.

Deixando de lado as xurumelas, descobri que grande parte dos freqüentadores deste espaço holístico-zen-bizarro, vem pelo Google, Isso mesmo, meu grande amigo Google, cujo site é, talvez, o mais procurado do mundo.

- Muito bem, e daí? – vocês se perguntam.

- Pô, Google, sacanagem, eu pensei que as pessoas gostassem do meu blog, não que viessem aqui por acaso, pela sua indicação. E ainda vem procurando coisas como “sexo bizarro” (também nas categorias “com animais” e “com objetos”), “foto nu gay espanhóis”, “fotos de orelha inchada”, “fotos de mulheres no banheiro”, “áfrica mulheres gordas” e “cenas bizarras com cocô”.

Apesar dessas decepções, a fase greve já passou, pois a crise também passou. Afinal, o que seria da minha vida sem o Bizarro? Provavelmente continuaria sendo bizarra, mas sem a expressão que tenho com meu blog, prá quem eu ia contar tanta coisa interessante que acontece por aí?






Esse é meu alter ego, o cavalo Toby meditando sobre a existência de Deus

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Mais revezes de ano novo

Continuo em busca de um ano-novo melhor, por isso, não posso desistir. Os revezes tem de ser cada vez piores. Para quem não viu ou não se lembra:
A coisa funciona assim: Não podemos prever o futuro, mas geralmente ele nunca é do jeito que imaginamos. Então basta imaginar o máximo de coisas ruins possíveis para eliminá-las do futuro, certo?

Maio: Vou perder a minha agenda e com ela todos os prazos dos trabalhos, provas, compromissos, telefones e senhas de tudo que é coisa. Meu computador vai sofrer uma pane tão forte que vai derreter instantaneamente. Meu blog vai ser invadido por crackers e meus e-mails e orkut também. Vou ser excluída do mundo digital.

Junho: Vou tropeçar no tripé de uma das câmeras do laboratório de tele e a câmera vai se espatifar no chão. Nem vendendo minha alma vou conseguir pagar o equipamento. As minha tentativas de cultivar girassóis na cabeça vão ser definitivamente minadas por uma forte geada que vai chegar antes da época.

Julho: Bem em cima do laço minha fonte vai me dar o cano. Vou ficar sem matéria, sem nota, sem IA. Vou ter de implorar prá continuar na faculdade. Os canos do banheiro do meu muquifinho vão congelar e estourar por culpa do 'aquecimento global', que de quente não tem nada. Todas as economias que eu estava fazendo para o TCC serão utilizadas na reforma.

Mais adiante não consigo ver, pois minha visão está turvada, parece que uma nuvem negra se aproxima - não se esqueçam que quanto pior as previsões, mais reveses se eliminam, pois já estamos preparados para o pior, por conseqüência o que vem é sempre melhor.