segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bosón de Higgs esvazia o bolso de cientistas célebres


Físicos como Stephen Hawking e casas especializadas se preparam para pagar apostas quando a existência da chamada “partícula de Deus” for oficialmente confirmada

Em 4 de julho, quando os físicos do CERN informaram que tinham descoberto uma nova partícula semelhante ao tão procurado Bóson de Higgs , uma celebração irrompeu em todo o mundo , cheia de orgulho e mistificação.
O achado também motivou um ajuste de contas mundial, enquanto os físicos – apostadores inveterados – examinam os dados para decidir se é hora de pagar a quem se deve pela antiga aposta quanto à existência do bóson, que tem sido objeto de uma caçada humana há 40 anos.
Conforme descrito pelo Modelo Padrão, a teoria que governa a física no momento, o bóson de Higgs seria a primeira evidência tangível de um maciço cósmico hipotético conhecido como o campo de Higgs. Esse campo é dotado de algumas partículas elementares com massa, quebrando o bloqueio da simetria matemática nas leis do princípio do universo e, portanto, adicionando diversidade e possibilidade de vida ao cosmos. Os físicos dizem que levarão pelo menos o resto do ano para verificar se a nova partícula se encaixa na previsão teórica – em particular, no fato de ela não ter rotação, a primeira articulação subatômica de que se teve notícia.
No entanto, o cosmólogo britânico Stephen Hawking, que há 10 anos apostou 100 dólares com o teórico Gordon Kane, da Universidade de Michigan, afirmando que a partícula não existia, já declarou a jornalistas que aceita a derrota . Kane está aguardando o pagamento. “Eu não soube dele diretamente”, disse Kane por e-mail, “mas suponho que ele irá aparecer em breve, de alguma forma interessante”.
Algumas dessas apostas ainda estão em aberto. No Intrade, onde, até a publicação desta matéria, um investimento de aproximadamente 8 dólares trará um retorno de 10 dólares se o bóson for oficialmente encontrado até o final deste ano, as regras especificam a publicação da descoberta em um periódico de renome revisado por pareceristas.
Para Janet Conrad, física do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), essas condições foram provisoriamente satisfeitas na semana passada com a publicação de artigos das duas equipes do CERN que fizeram a descoberta, a CMS e a Atlas, no site arXiv.org, especializado em Física. Conforme relatado no ano passado, Conrad tinha apostado 10 moedas de chocolate Nobel com seu colega Frank Wilczek, prêmio Nobel de Física em 2004, alegando que o Modelo Padrão do bóson de Higgs não existe. Em 4 de julho, ela percebeu que teria que pagar pela aposta.
A recompensa, no entanto, acabou por se mostrar quase tão complicada quanto as que alguns dos físicos que estudam os chamados diagramas de Feynman usam para descrever as interações nas quais partículas como o bóson de Higgs são criados e destruídos. Ou tão complicada quanto uma transação clandestina de drogas. As moedas, estampadas com o selo Nobel, são vendidas apenas no Museu Nobel.
Então, logo após o anúncio de 4 de julho, ela pediu que Chad Finley, amigo e físico da Universidade de Estocolmo, fosse ao museu, onde ele comprou os chocolates por cerca de 15 dólares. Finley, por sua vez, poderia ter enviado a encomenda para os Estados Unidos, mas ficou preocupado com a possibilidade de os chocolates derreterem e, em vez disso, passou-os para Szabolcs Marka, físico da Universidade Columbia que estava na Suécia na época.
Marka os levou até Nova York e os passou para Matt Toups, pesquisador de pós-doutorado que trabalha com Conrad e estava indo para o Fermilab, em Illinois, onde Conrad estava trabalhando. Os dois embrulharam os bombons em espuma de plástico para que não derretessem durante o trajeto de ônibus até o Aeroporto La Guardia.
Conrad recebeu os chocolates logo antes de uma falha elétrica fazer a temperatura dos escritórios do Fermilab subirem até o ponto de fusão do chocolate. Por isso, levou o pacote para casa, em Cambridge, Massachusetts, deixando-os com sua irmã enquanto participava de uma conferência de Física na Virgínia e, em seguida, voltava para o Fermilab. “Eu não tenho visto os chocolates, já que eles estão cuidadosamente embalados em espuma de plástico, mas tenho certeza de que eles estão em excelente forma!”, contou por e-mail.
Wilczek, que está em New Hampshire, não viu os chocolates também, mas contou que eles foram entregues em seu escritório.
Se as medições subsequentes determinarem que a partícula tem a rotação errada e não é o bóson de Higgs, Wilczek concordou em pagar mil moedas a Conrad, mas acha isso pouco provável.
“Vamos fazer algum tipo de festa quando chegarmos ao ponto culminante da aposta; estamos arrumando os detalhes”, escreveu ele, acrescentando: “Vou comer um chocolate e distribuir o resto”.

Essa veio do IG que tem uma galeria de fotos bem legal sobre a descoberta


JK: UmaFoca apostou que do bóson de Higgs vai sair a teoria para o teletransporte. Aguardo ansiosamente.

domingo, 12 de agosto de 2012

Estudo diz que Técnica usada no flime 'Armagedon' não salvaria a Terra


A história do cinema é recheada de cenas que desafiam as leis da física. Em alguns casos, o gênero “ficção científica” fica muito mais perto da ficção do que da ciência. Um estudo publicado nesta semana pesquisa especificamente uma cena para calcular se a ideia dos roteiristas poderia salvar a Terra – e a resposta é “não”.
No filme “Armagedon”, de 1998, um asteroide ameaça colidir com a Terra. O personagem de Bruce Willis pousa no asteroide, o perfura e coloca uma bomba nuclear dentro dele para explodir o corpo celeste em dois pedaços que passam raspando de cada lado da Terra. Na vida real, isso não funcionaria.

Os estudantes da Universidade de Leicester, na Inglaterra, que conduziram o estudo concluíram que a bomba de Willis teria tanto impacto na rocha quanto uma bombinha de São João e seria usada tarde demais, quando o planeta já estaria condenado, acrescentaram.

“O nível da nossa tecnologia atual não é nem de perto suficiente para proteger a Terra de um asteroide como aquele usando este tipo específico de defesa de meteoros”, destacaram os autores do artigo intitulado “Bruce Willis poderia salvar o mundo?”.
Os pesquisadores explicaram que explodir um asteroide daquele tamanho, com cerca de mil quilômetros de diâmetro, exigiria usar uma bomba 1 bilhão de vezes mais forte do que a maior bomba já detonada na Terra, a soviética “Grande Ivan”, que explodiu em um campo de testes em 1961.

Antecedência
De qualquer forma, o asteroide teria que ser detectado muito mais cedo do que no filme, escreveram os cientistas no periódico da universidade, intitulado “Journal of Special Physics Topics”.

Os 18 dias de prazo do filme “não dariam tempo para Bruce viajar ao asteroide e perfurá-lo até o núcleo, nem mesmo para partilhar momentos significativos com Ben Affleck ou Liv Tyler pelo caminho”, destacou o estudo. No filme, Liv Tyler interpreta a filha de Willis e Affleck, seu namorado.

Na verdade, o asteroide teria que ser detectado e explodido a 13 bilhões de quilômetros da Terra, ou seja, nos limites do Sistema Solar, para dar às duas metades tempo suficiente para alterar o curso e não caírem no planeta. “Um método alternativo possível seria mover o asteoide com dispositivos de propulsão presos a ele”, explicou Ben Hall, de 22 anos, co-autor do estudo. “O que é certo é que a maior parte dos métodos exigiriam uma detecção muito precoce de um asteroide deste tipo e um planejamento muito cuidadoso para se chegar à solução”, concluiu.

Essa veio do G1


JK: Será que só UmaFoca acha que filme de ficção tem de ser "de ficção"? Tipo, sem compromisso com a realidade? 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vídeo De Quinta cortando o mal pela raiz

Vídeo De Quinta mostra hoje Como Harry Potter devia ter terminado.