segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O que fazer num ataque de birra, segundo a ciência

Isso veio lá do blog da Letícia Sorg, no portal da revista Época

Ser um bom pai ou uma boa mãe não é uma ciência exata. Muitas vezes, não tem só um certo e um errado. Depende do momento, da personalidade da criança, da ideologia dos pais. Mas fato é que, em algumas situações, uma ajuda da ciência até que seria bem-vinda. É o caso dos ataques de birra. Daqueles que começam com um chorinho, vão para os berros e terminam com a criança estirada no chão, se debatendo, diante de pais cada vez mais aflitos, confusos, envergonhados e bravos. Será que não tem um remédio para prevenir a birra?

Não, não tem. Mas a boa notícia é que a ciência começou a estudar o comportamento das crianças e chegou a algumas conclusões que podem ser úteis para abreviar os momentos de berreiro. Eles descobriram que a tristeza e a raiva das crianças andam juntas – os dois sentimentos se alternam rapidamente durante a birra. E que, para acabar com a birra o quanto antes, os pais devem identificar os picos de raiva – e ficar quietos. Isso, ficar quietos. Nada de perguntar se a criança quer isso ou aquilo. Nada de tentar pegá-la no colo, fazer carinho. Na raiva, a melhor estratégia é a distância segura. Logo depois da raiva vem a tristeza e, aí, sim, os pais devem agir: abraçando, confortando a crianças. A parte mais difícil, imagino, é conseguir ficar parado enquanto a criança exibe toda a sua raiva. Mas, ao que parece, o resultado pode compensar.

O conselho vem de pesquisadores das Universidades de Minnesota e Connecticut, nos Estados Unidos. Eles gravaram várias crianças e analisaram seus berreiros. Ao colocar os dados em um gráfico, eles viram que havia um padrão, um ritmo para a birra. E que estudar esses padrões pode ajudar pais e professores a lidar com ela. Segundo os cientistas, se os pais não conseguirem parar o berreiro logo, pelo menos vão saber que é normal. Quase um fenômeno natural como as tempestades ou as ondas do mar, que não conseguimos controlar, mas pelo menos podemos medir. Será que serve de consolo?

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