Porque se você não tomar, é automaticamente considerado um porquinho, de acordo com a cultura brasileira, influenciada pela indígena, obviamente não a europeia.
Tomar banho tira a craca e o futum, aquele fedor horrendo que nasce da decomposição de bactérias habitantes de nossa pele quando são abduzidas pelas secreções corporais, que atendem por diversos nomes, alguns inomináveis e por isso prefiro chamar de Vocês Sabem O Quê.
Nossa atual organização social é de tal forma avessa a mal cheiro que esgoto virou lugar não apenas de Tartarugas Mutantes Ninjas, mas também de lendas urbanas que começam no crocodilo de 15 metros e evoluem para ratazanas comedoras de gente como no filme O Colecionador de Ossos.
Tudo isso para dizer ao povo, por meio de mensagens subliminares, que o fedor é o horror, o mal, a escuridão e o submundo que deve ser banido da claridade perfumada de nossas ruas.
E não é só uma teoria da conspiração dizendo que é tudo lobby das indústrias trilhardárias de perfumes em frasquinhos do tamanho de nozes, desodorantes e sabonetes. É uma pressão social para abominar Vocês Sabem O Quê das nossas vidas. Aliás se existe teoria da conspiração aqui, ela é sobre a quantidade de banhos necessária para vencer essa pressão social e que acabou extinguindo as reservas hídricas que abastecem a zona metropolitana de São Paulo.
Nesse caso, não há perfume que resolva.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário