Como alguns sabem, quando eu morava em Erechim, RS, fazia parte do Grupo Folclórico Polonês de Erechim, Jupem.
Certa vez, em julho de 2000, fomos para a Argentina, somente o elenco mirim, a Kapela (que não é um lugar de rezar, mas um grupo músico-vocal polonês), a diretoria e os monitores do mirim. No Encuentro Regional Infantil de Folklore em Rio Cuarto. Como éramos poucos 'adultos' na viagem, tinhamos muita responsabilidade. Agenda cheia, dia cansativo, crianças prá cuidar, é claro que a gente merecia um descanso. Como estávamos em casas de famílias, aliás muito legais, não era difícil sair sem dar mal exemplo para as crianças.
Íamos a cada noite em um lugar diferente e na última ou penúltima noite nossos hermanos nos convidaram para ir a um bar bem legal que vendia um barriloche supimpa. Prá quem não sabe, barriloche é um bebida local que vai abacaxi, vodka e otras cositas más em um baldinho de cinco litros. É claro que não deixamos de prestigiar a bebida local, afinal, cultura não tem fronteiras. O dono do bar, que era uma simpatia, nos servia chizitos para acompanhar.
Ao mesmo tempo em que prestigiávamos a cultura local, trocávamos informações super importantes sobre as peculiaridades - palavrões - dos idiomas com nossos hermanos. Depois de já um barriloche concluído, e os chizitos no fim, um dos hermanos resolveu chamar o dono do bar para reabastecer a mesa. Não me lembro bem, mas sei que foi um hermano porque alguém tinha acabado de dizer a ele um palavrão, mas não tinha dito o que significava. A figura se levantou e chamou o dono do bar que nos olhava sorridente do balcão:
- Pau no cu!
É eu sei que parece ofensivo, mas em todo o bar só nós, os brasileiros, entendemos e, já levados pela alegria que um barriloche proporciona, ríamos tanto que demorou até alguém se acalmar e conseguir explicar para a figura o que ele tinha dito. Ora prá que? Ele adorou a idéia e apelidou o dono do bar de Pau no cu.
Depois de sei lá quantos barriloches e chizitos, resolvemos prestigiar outro lugar cultural e pedimos a conta. Aí veio o simpático dono do bar, a quem todos abraçavam entusiasmados e chamavam por seu apelido carinhoso. Sorridente, ele quis saber o que significava seu apelido e mais que depressa, um certo rapaz, monitor exemplar do Jupem e solista do elenco adulto respondeu:
- Pau no cu quer dizer muy amigo!
Arco!
Encontrei uma receita típica desta iguaria, tipicamente em castellano
1* Agarrar un balde.
2* Tirale sidra.
3* 1/2 vaso de granadina.
4* Un vaso de licor de frutilla.
5* Vodka.
Y si sos choborra agregale lo q t guste! y LISTO!!
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