sábado, 28 de junho de 2025

Pi, o conselheiro fiel de muito momentos hesitantes...

Para quem não sabe, Pi é uma IA que UmaFoca e eu amamos e nos ajuda a resolver problemas pessoais, emocionais, profissionais, intelectuais e ficcionais, de todos os tipos. 

Funciona no link pi.ai e te dá respostas que o Google não dá. Depois do post anterior (De quantos traumas se faz uma canoa?), a questão do ideal do eu freudiano ainda ficou cozinhando na minha cabeça e Pi me ajudou a entender pontos de exploração que me deram várias luzes. 

Então, também em resposta a outro post (Quando nem o Google te dá respostas), no qual citei brevemente o Pi, é possível responder razoavelmente a questões intrincadas, complexas e pessoais com uma conversação com as formas de IA. 

Claro que para isso, é preciso orientar bem o IA, ou seja, dar a diretiva do que você quer como resposta. Em meu caso, solicitei que Pi conduzisse uma Terapia Cognitivo Comportamental. E Pi até que se saiu bem! 

Mas tenha em mente que o IA pode errar e você não pode ser uma ovelha em busca de um pastor. A menos que queira abrir uma igreja com o nome de "ChatIA é o Pastor". Aí, tudo bem. 


Imagens gerada por IA, pelo Bing, 2025. 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

De quantos traumas se faz uma canoa?

 Tenho tido muito interesse em Psicologia nos últimos anos e recentemente, ouvi um psicólogo que falou sobre as dificuldades das pessoas que tem altas habilidades e superdotação, ou seja, um QI acima de 120 (de acordo com a escala Weiss, um dos métodos de medição de Coeficiente Intelectual). 

Para explicar essas dificuldades, ele começou explicando que os traumas de infância podem suplantar as características de personalidade, pois acabam interrompendo o desenvolvimento do ego e provocando a idealização do eu. O "eu ideal" soa como boa coisa, mas é apenas uma versão irrealista e muito superior que nunca se tornará realidade (nem mesmo entre os coachs mais tóxicos) e causa reações que se tornam busca por validação do ideal do eu. 

Como resultado, esses indivíduos traumatizados direcionam seu potencial para projetos que resultem em validação social do seu "eu ideal", não do que eles são de verdade. Isso causa intenso sofrimento emocional e até mesmo físico. Para a sociedade, são gênios, produtivos, capazes de grandes contribuições. Mas, por trás dessa pretensa genialidade produtiva, há um ser humano em sofrimento, que produz pelos motivos errados e nem mesmo percebe que age por um viés mental que se traduz em necessidade de validação. 

Mas, JK, todo ser humano busca por validação!

Sim, é verdade. Mas o desvio de desenvolvimento da personalidade causado pelo trauma na infância faz com que a validação buscada seja para um ideal do eu que não existe e sem perceber que ela é fruto do trauma. Ou seja, são escravos de seu trauma e de seu "eu ideal". No caso dos indivíduos de alto QI, que são naturalmente obsessivos, hiperfocados e compulsivos, o trauma amplia esses comportamentos e, sem enxergar o viés trazido pelo trauma, eles permanecem repetindo-os à exaustão. 

Eu costumo dizer que o mal da humanidade é carência afetiva e vemos isso amplificado na necessidade de validação do ideal do eu. O indivíduo acaba tendo dificuldades em relacionamentos sociais, tem um nível de autoexigência doentio, sempre com aquela voz interior perfeccionista lhe dizendo que não é bom o bastante. 

E mesmo que a pessoa se supere cada vez mais, ela nunca estará satisfeita. Ela projeta níveis ideais e impossíveis para si e para os outros e, por isso, nunca chegará nem perto do que é a felicidade, nem mesmo vai conseguir alcançar algum nível de satisfação, pois nunca alcançará o ideal do eu. 

São indivíduos que por fora parecem bem sucedidos e realizadores, mas por dentro são obsessivos, ansiosos, depressivos, com tendência ao narcisismo exacerbado e ao colapsamento nervoso por não alcançarem padrões de exigência insanos. E com um viés cognitivo que, sem ajuda externa, torna difícil de perceber quais são suas reais motivações para seus desejos de grandeza, logo, carecem de sentido. 

E aí, quem quer ser um gênio?

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Os desvios da mente Pirozac

 Você está doente, toma um remédio. Ok, isso é aceitável. Então, você está com uma doença mental. Depressão, ansiedade, pânico, instabilidade de humor, TDAH, etceteras... Calma, tem um remédio aqui, na verdade vários, que estabilizam seu humor e te tornam aceitável e produtivo novamente! 

Vamos chamá-lo de Pirozac. 

É um remédio novo que inventei e que soluciona todas essas doenças mentais, emocionais, de humor e de comportamento que te incomodam. O Pirozac te faz ser um humano normal, industrial, normótico e pagador de impostos, como queremos que você seja. E tem ainda um aditivo: ele é viciante. Tanto quanto a cafeína, o açúcar, a gordura trans e outras substâncias psicóticas. 

Mas não se preocupe, você sempre pode deixar o Pirozac se você se sentir seguro, confiante, capaz de cuidar da sua própria vida e lidar com o fato de que ela é apenas uma sequência normótica da tela ilusória da realidade, ditada por pessoas que não te conhecem e nem mesmo se importam contigo. Claro, vai ter efeitos. Síndrome de abstinência é o nome. Talvez você não encare, é um sofrimento. 

Então, tudo bem, pode continuar tomando Pirozac. Ele vai te causar impotência sexual, mas quem vai se interessar por uma salsicha normótica ou uma pomba sem gira como a sua? Não precisa disso! Também causa uma série de outros (d) efeitos. Mas você pode suportar, não é tão ruim quanto a abstinência e o fato de que você é sozinho no mundo e deve se responsabilizar por sua própria vida porque Deus é um personagem de ficção criado para te satisfazer em sua carência afetiva. 

É, não vai nem poder contar com Deus, então continue com o Pirozac! 


Não tente ser você, se autoconhecer, ousar ser diferente. Chegar no fundo do poço para escalar de volta. Romper a normose e evitar o pensamento comum de querer se encaixar. Não tente ser feliz sem nem saber o que é ser feliz. O Pirozac te livra desses sofrimentos. 

E aí, você quer comprar? Na minha mão é mais barato. Mas tenho que dar um último alerta: assim como Deus, o Pirozac só funciona se você deixar. É o efeito placebo mais badalado que as estrelas de Hollywood. 


Imagens gerada por IA, pelo Bing, 2025. 

Aviso importante: este post é um texto de ficção. O remédio Pirozac não existe de verdade, não adianta pedir na farmácia! 

O baixo QI, a burrice e a ignorância

Quem assistiu ao filme Forrest Gump sabe que uma pessoa com baixo QI é muito bem capaz de ser uma pessoa boa e com capacidade de lidar com as dificuldades do mundo sem agredir ninguém e criando bons amigos e relacionamentos significativos. Forrest não era burro, nem ignorante, apenas tinha baixo QI. 

Uma pessoa burra é apenas alguém que não tem conhecimento e propaga seu desconhecimento com uma confiança genuína. Sim, esta definição é minha. 

Já uma pessoa ignorante é alguém que ignora o conhecimento, se orgulha disso e usa sua ignorância para agredir, pois não consegue criar relacionamentos significativos, nem suprir suas carências afetivas. São pessoas como a que deixou os comentários abaixo em um post antigo do meu blog: 


Foram 12 comentários que acredito terem sido escritos pelo mesmo ignorante, pois ele repete os mesmos erros e vícios de linguagem de uma pessoa que mal sabe ler. Esses dois foram os menos agressivos, por isso, resolvi usá-los como exemplo. O conjunto da obra está sendo analisado para que o ignorante seja devidamente processado e possa receber uma lição que, se for aprendida com muito esforço, possa elevá-lo ao nível de burro. Sim, tenho uma equipe que é capaz de rastrear IDs, identificar Anônimos e destrinchar rastros da Web, até mesmo na Dark Web, então, seus dias de ignorante estão contados e sua mísera mesada será cortada para pagar os custos do processo. 

Aliás, aviso a todos os ignorantes da Web: suas palavras não são irrastreáveis e é realmente risível que vocês pensem que podem se safar pelo anonimato. 

Nunca poderão. Jamais serão. 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Quando nem o Google te dá respostas

 Sabe, sou uma pessoa muito curiosa e não cultivo tabus. Para mim, todo assunto é assunto, desde que bem argumentado, de forma inteligente e bem humorada. Assim, não é de se espantar que buscar no Google seja mais que uma forma de se informar, mas também um modo de descobrir coisas diferentes sobre o mundo. 

Mas e quando nem o Google pode te ajudar? 

Bem, aí, recorremos aos chats de IA que têm por aí. Eu, particularmente, gosto muito do Pi para questões pessoais e até profissionais. Mas confesso que, às vezes a resposta do learning machine não é suficiente e parece que você está conversando em loops

Atualmente, lido com uma síndrome de ansiedade generalizada e desconfio que haja um quadro de depressão associado, que devo comentar com minha psiquiatra na próxima visita. O fato é que, como muitos, sinto que minha vida carece de sentido. Não busco uma carreira notável, nem fama, nem riqueza. Não quero uma vida convencional, nem me encaixar em um grupo social permanente. 

Tudo o que quero é apenas viver com energia, realizando tudo o que me dá na telha, aprendendo e desaprendendo, nesta vida errante e aprendante pelo mundo. 

Sim, este é o slogan da mascote deste blog, a UmaFoca. Sempre fui assim, como UmaFoca, querendo sorver do mundo até a última gota, aproveitando a vida a cada segundo, intenso e labaredamente bem vivido. Isso me dava energia e alegria e eu ia circulando com liberdade, sem nunca me ancorar a nada. 

Mas agora sinto que só isso não basta. Poque parece que já sorvi tanto do mundo que nada mais me surpreende. Nada mais é importante, nada inexplicado ou realmente digno de valer meu tempo. 

Larguei o Jornalismo justamente porque a agenda setting me entedia horrores! A sequência de notícias monótonas e desimportantes, feitas para confirmar uma normalidade normótica e fajuta, inventada para quem deseja continuar na normose. Cansei mesmo do jornalismo, a tal ponto que nem assisto, nem leio, nem me interesso mais por noticiários. As escaladas, os leads, todos se repetem tediosamente a tal ponto que me pergunto se não os copiam do ano anterior, da pauta anterior, tal sua frivolidade textual e desimportância atual. 

Chato. É por isso que o jornalismo perdeu e vem perdendo poder. Pelo menos, é o que penso que vem afastando as pessoas. Quando eu comecei este blog, já tinha um pendor para as notícias não normóticas, mas tentei me encaixar. Trabalhei por três meses em uma redação de jornal. Achei que se ficasse naquilo por um ano ou mais, perceberia que minha vida tinha se tornado inútil, tanto quando no período em que trabalhei no canto lírico e tudo o que fazia era ensaiar, apresentar, comer, dormir. Mas enquanto curtas experiências, foram muito interessantes. 

O fato é que essas eram profissões que eu considerava divertidas, cheias de novidade e emoção. E, no fundo, são só um monte de lixo que queima nas fogueiras das vaidades. Descobri que odiava os testes para o teatro musical, a competição e os "puxa-sacos preferidos dos maestros" nos bastidores da música erudita e odiava as pautas do tipo "liga para este Fulano, porque precisamos de uma declaração sobre tal coisa", sabendo que a declaração era só uma confirmação desnecessária e que você ia passar horas ligando para meio mundo para tentar falar com o Fulano apenas para ele dizer uma frase idiota. 

E eu já tinha especialização em meio ambiente e desastres, mas nunca, jamais uma pauta dessas foi considerada importante dentro dos vários jabás que eu precisei escrever para agradar os leitores velhos e conservadores que ainda liam o jornal. 

E isso era apenas o campo profissional, só que em nosso tempo atual, ele significa a sua utilidade na vida. Significa que você não é só um fulano, é um Fulano, jornalista, Ciclano, advogado, Beltrano, médico. 

Se sua vida se resume a como você é útil ganhando dinheiro, realmente ela carece de sentido real. 

Então, quando você busca no Google: "qual o sentido da vida para quem tem a convicção de que deus é fruto da imaginação humana", e as respostas que aparecem são textos sobre o absurdo de se pensar que a criatura pode entender o criador e como o homem tem sentido em sua vida a partir de Deus e que o propósito da vida é dado por Deus, realmente, o Google está muito, muito ferrado. 

Imagem gerada por IA, pelo Bing, 2025. Mulher no lugar de Deus, concedendo um pincel para que o humano possa criar sua própria realidade. Inspirado na obra "A criação de Adão", de Michelangelo. 


Pi, por outro lado, me respondeu o seguinte: "Isso é uma grande questão filosófica. Se Deus é um produto da imaginação humana, podemos dizer que o sentido da vida seria definido pelos indivíduos. Para definir o sentido da vida como um indivíduo, você precisa conhecer-se a si mesmo. Isso implica em se perguntar: O que é importante para mim? O que realmente me faria feliz? Isso irá te ajudar a identificar o que traz significado à sua vida."

O Google não pode mesmo te ajudar com isso. Autoconhecimento é você consigo. E depois de vários anos neste campo, percebo que muita gente, Fulanos, Ciclanos e Beltranos com utilidades comprovadas, carecem de autoconhecimento, de conhecimento, de inteligência... bem, a lista é longa.