Ontem ele estava na garagem. Em sua eterna filhotice abriu a enorme porta de ferro, aproveitou uma brecha no portão da frente e saiu trotando pela rua faceiro de sua esperteza, enquanto todos saíam correndo atrás desesperados.
Não deu tempo de alcançá-lo. Ele quis atravessar a rua e uma moto que passava devagar próximo ao meio fio o apanhou em cheio no pescoço. Ele cambaleou e caiu, sem chorar, sem entender. Mas, não podia mais levantar, o estrago já estava feito. Meu pai o trouxe de volta e enquanto minha mãe acionava o veterinário, ele se despedia com seu olhar sempre expressivo. O mesmo olhar que um dia eu li pedindo para viver, se despediu de sua vida.
E se hoje não consigo postar nada engraçado é porque a minha luzinha se apagou.
Meu enorme cãozinho se foi, tão rápido que parece irreal. Como irreal é a dor que sinto por não vê-lo mais à porta onde ele sempre vinha nos recepcionar pulando feliz e abanando seu enorme rabo. Sujava a nossa roupa e quase nos derrubava de tanta alegria. Ele agora deve estar na matilha de Hécate, que o salvou quando era filhote para que aprendêssemos com ele que toda vida tem um grande valor e deve ser respeitada.
Sua vida tão curta nos ensinou muito e seu olharzinho meigo vai continuar no meu coração. E na minha memória vão ficar os tantos momentos com esse cãozinho especial, meu eterno filhote, que era tão feliz e corria, corria, corria...
Um comentário:
Embora eu não conhecesse o Fritz do post anterior fiquei muito triste quando li o texto... lembrei do meu gatinho, Mingal, que morreu atropelado há muitos anos. É muito triste mesmo, amigo. Mas restam as boas lembranças, né?
Nem sei o que dizer, só sei que entendo muito bem =/
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